sábado, 26 de fevereiro de 2011

Bolo de chocolate de liquidificador pra Karlinha

Que divertido ter pedidos pra atender... haha...
Bom, a Karlinha é quase uma amiga virtual, já que eu a vi só uma vez, apresentada pela Nina e a Julia quando vieram à Sampa. Ela também é au pair e queria um bolo de chocolate para fazer no aniversário da “Oma”, a avó das crianças que toma conta na Alemanha.
Ela queria um floresta negra (começa bem chique a mocinha, né? Hehe), daí pensei nesse bolo do meu caderninho surradinho de receitas, que é mega fácil de fazer, fica fofinho e pode ser recheado ao gosto do freguês!

BOLO DE CHOCOLATE DE LIQUIDIFICADOR
v       1 xic (chá) de leite;
v       1 xic (chá) de óleo;
v       4 ovos;
v       2 xic (chá) de açúcar;
v       2 xic (chá) de achocolatado ou chocolate em pó;
v       1 e 1/2 xic de farinha de trigo;
v       2 col (sopa) de maisena;
v       2 col (sopa) de fermento em pó;
v       1 col (chá) de essência ou extrato de baunilha.
Bater tudo no liquidificador (ou a mão, numa tigela grande com um batedor colocando primeiro os ingredientes líquidos e depois ir acrescentando os secos).
Assar em forno pré-aquecido a 180oC, forma untada e enfarinhada.

O bolo floresta negra mesmo, tem recheio/cobertura de chantilly e cereja em caldas. Eu acho um pouquinho enjoativo e tem que tomar cuidado com o creme de leite (se bem q aí, friozinho gostoso da Alemanha, não vai estragar rápido! hehe). Se quiser mudar o recheio, pode fazer um brigadeiro, deixar esfriar e colocar. Ah, não esquece das raspas de chocolate encima pra ser um verdadeiro floresta negra...
Se tiver dúvidas, me fala...
bjinho

E no dia seguiiiinte:
E não é que a menina é prendada mesmo! Olhem aí o resultado do bolo Floresta Negra dela, com direito a dedicatória pra Oma te tudo... Chique no úrtimo!!! :)
A Karlinha ainda foi mais chique e regou o bolo com o Maraschino no qual a cereja vinha mergulhada! Eu queroooooo....

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Um mês de blog!

            Um mês de blog!!! Aêee...
            Pra celebrar o dia, finalmente assisti “Julie e Julia”. Muita gente me falou que o filme era chatinho, mas achei inspirador!!! Talvez porque assim como a Julie, estou chegando aos 30 (tudo bem, ainda faltam 2 anos! Hehe) e ainda não tenho uma direção totalmente definida na vida. Só sei que quero viver de cozinhar! E é lógico, porque me coloquei a meta de adquirir prática e estudar sozinha, cozinhando algo novo a cada dia e fazer um blog!
            Bom, estou bem no prazo... 1 mês, 30 pratos feitos! A maioria deles foram cookies ou pães ou qualquer coisa que eu pudesse pôr no forno! Não sabia direito até começar, mas sou uma “assadeira”! hehe... Adoro colocar massas molengas e branquelas no forno e ver saindo, primeiro aquele cheirinho delicioso e depois algo douradinho e crocante!
            Mas também fiz sopas, bife com crostas super picante e um waffle daqueles de casulo grande que eu estava louca pra comer desde que visitei Bruxelas e não encontrava a receita de jeito nenhum! Aprendi a lidar bem com os bicos de confeiteiro e tive grande ajuda das minhas primas e irmã com nossas tardes culinárias, do super bom coração do meu namorado pra ficar correndo comigo de um lado pro outro pra achar ingredientes, e da família e amigos que, além de me ajudarem comentando e indicando esse blog, também ficam de cobaia e provam as gororobas!
            Na verdade, um dos problemas pra mim nesse “projeto” é exatamente esse: eu adoro cozinhar doces, minha família não gosta ou pode comer muito e fico sem ninguém pra provar. Então vou controlando a quantidade de receitas pra ser algo “comível” durante alguns dias, mas eventualmente, tenho que eu descartar algo! “Como elas faziam com aquela comida toda?”, fiquei pensando enquanto via o filme... Alguém de pertinho se voluntaria? :P
            Gostaria muito de dizer que estou passando o dia inteiro a cozinhar ou assar coisas novas, mas no negócio é que, depois da corrida de kart assassina do fim de semana que me luxou a mão esquerda e me deixará engessada até o próximo domingo, nem sei se consigo! Bom, pra testar, peguei uma receita de rocambole na qual quem faz tudo é a batedeira. Vamos ver se dá certo... Depois eu conto!
            Thanks everyone and happy one month old!!!

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Pãonetone Salgado

            O Natal já se foi há meses, mas, pelo menos na minha casa, sobraram as forminhas de panetone. Todo ano eu as compro, esperando fazer panetones lindos, mas a realidade é que: 1) eu nem chego a fazê-los (porque ganhamos um monte deles ou por preguicinha mesmo) ou 2) eles nunca ficam tão ou mais gostosos e fofinhos que os industrializados!
            Daí, o que resolvi fazer foi, utilizá-los para fazer algo diferente: os panetones salgados! Vi várias receitas na net, mas optei pela do Benjamin Abrahão, porque me lembrava de assistir o bom velhinho na Ana Maria Braga, quando ela ainda era da Record, sempre ensinando pães deliciosos de um jeitinho muito fofo!
            O bom é que a receita é mega versátil. Dá pra colocar qualquer recheio que você quiser e, sem a cobertura (eu nem acho que ela seja realmente necessária!) e sem essa forminha de papel, ele é um pão normal e deliciooooso!!! Daí o chamei de “pãonetone”! Já fiz com a mussarela e tomate seco, com queijo Serra da Canastra, com provolone e lingüiça...e por aí vai. Até ensinei meu namorado a fazer, ele levou nas nossas aulas de français e tout le monde a adoré!!!

PÃONETONE SALGADO – Adaptado de Benjamin Abrahão

Massa
v      750g de farinha de trigo;
v      40g de fermento biológico;
v      250 ml de água;
v      75g de margarina;
v      16g de açúcar;
v      5 gemas;
v      8g de sal;
v     1 colher (sopa) de orégano (não tem na original, mas eu coloquei e ficou ótimo);
v     1 colher (chá) de alecrim fresco picado (idem orégano);
v      150g de mussarela de búfala;
v      150g de tomate seco picado.
Em uma tigela, misture meia xícara de farinha, o fermento e um pouquinho de água, e deixe descansar por 15 minutos (isso é o que chamamos de “esponja”. Serve basicamente para ativar o fermento, garantindo que o glúten da farinha de desenvolva melhor, tendo um pão mais fofinho). Após esse tempo, adicione o restante dos ingredientes e amasse, formando uma massa bem macia e deixe descansar por 20 minutos. Depois, adicione o recheio e coloque na forma. Deixe crescer até atingir quase o seu dobro de seu volume inicial, o que dá mais ou menos 30 minutos. Asse em forno pré-aquecido à 180ºC, por 40 minutos ou até dourar.
Cobertura (não fiz e não senti falta!)
v      ½ xícara (chá) de amêndoas fatiadas;
v      1 xícara de leite;
v      1 colher (sobremesa) de amido de milho;
v      ½ colher (café) de sal;
v      1 colher (sobremesa) de salsinha picada;
v      1 colher (chá) de margarina.
Em uma panelinha, ferva o leite e adicione o sal, a margarina e a salsinha. Dissolva o amido de milho em duas colheres de água e jogue junto com o leite. Com o fogo aceso, mexa até engrossar, deixe esfriar e passe em cima do panetone, jogando as amêndoas por cima depois de pronta.
Rende 3 panetones de 500g.

            E alguém resiste a pão quentinho saindo do forno? E nem precisa, né? Bon appétit!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A doideira das batatas roxas!

            Quando trabalhamos com crianças pegamos algumas manias engraçadas delas, como dizer coisas exageradas, como “esse é o melhor chocolate do muuundo!” ou nossas coisas preferidas, como animal, cor, cantor... Ou misturar os dois, como quando eu era au pair na Holanda e minha criança mais velha me disse: “melão é minha fruta preferida no mundo inteiro”, sendo que era a primeira vez que tinha comido melão e, tirando ele, só conhecia maçã, pêra e banana! Hahaha...
Enfim, no meu caso, sempre digo que minha cor preferida é o roxo! Daí, vocês podem imaginar o tamanho da minha alegria quando minha mãe chegou em casa do supermercado com um saco de batatas roxas?! Isso mesmo, BATATAS ROXAS! Nunca tinha visto algo assim, e achei que seria como a batata Asterix que só tem a casca rosinha, mas que por dentro é igualzinha a qualquer outra.
            Imaginem então a minha cara quando vi a delícia de Salada de Batatas com Bacalhau que a minha mãe faz com aquelas bolotas roxas, quase azuis... Liiiiindas!!!
            Tá, o sabor é igual ao de uma batata normal, mas comer algo dessa cor, sem ter colocado uma gotinha de corante é incrível! O mais engraçado é que, diferente da beterraba, por exemplo, a batata não desbotou com o passar do tempo e mesmo no dia seguinte, a cebola e o bacalhau continuaram com suas cores originais.
            Daí, boboca e feliz que sou, quis experimentar a sensação de comer um purê de batata roxo... Fiz um belo de um bife com crosta de pimenta para acompanhar (tava beeeem picante por sinal! Hehe) e mandamos ver (meu namorado e eu!).
            Hmmm... Acho que posso dizer agora que essa é minha batata preferida! Acho que vou comprar mais um saco, só pra ver como ficam chips roxos, batatas sautés roxas, bolinhos de bacalhau roxos... ai ai, a imaginação vai looonge! J

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Carooool, Carolinas…

            Hahaha… muito engraçado lembrar desses pagodes antigos e de várias coisas do passado! Dia desses ficamos (meus irmãos e eu) cantando e rindo horrores disso!
             Enfim, o negócio é que eu sempre quis fazer as famosas torres de carolinas ou profiteroles, mas nunca tinha tomado coragem, achando que ia ser uma coisa mega complicada. Mas eis que, não é complicado e é bem surpreendente de ver aquelas bolinhas super levinhas que saíram a pouco do forno se tornando um lindo croquembuche! :)
            Como acontece desde pequenas, minha prima Débora e eu, nos reunimos pra fazer bagunça! Antes nós (junto com nossas irmãs mais novas, coitadas! Haha) brincávamos de Barbie e nos maquiávamos um olho de cada cor, agora agente fica o dia inteiro na cozinha!
            Tomamos como base as receitas de carolina e creme de confeiteiro do “Larousse das sobremesas” do Pierre Hermé. Esse livro é fantástico! Tem receitas mil, fotos lindas e muitas curiosidades e explicações detalhadas. Adoro!


MASSA PARA CAROLINA
v      80 ml de água;
v      100 ml de leite integral fresco (usamos o tetrapack mesmo);
v      1 colher (café) de sal;
v      1 colher (café) de açúcar;
v      75 g de manetiga;
v      100 g de farinha de trigo;
v      3 ovos.
Em uma panela, coloque a água, o leite, o sal, o açúcar e a manteiga e mexa até levantar fervura. Adicione toda a farinha de trigo de uma vez, mexa energicamente até que a massa fique lisa e homogênea e mexa por mais 2 ou 3 minutos para que resseque um pouquinho. Transfira o conteúdo para uma tigela, acrescente os ovos, um a um, cuidando para que um seja totalmente incorporado antes de acrescentar o seguinte. Mexa de vez em quando, até que a massa caia formando fita (até que você erga a colher de pau e a massa contínua e larga, como se fosse uma fita). Coloque no saco de confeitar, disponha na assadeira forrada com papel manteiga e asse em forno pré-aquecido por cerca de 20 minutos, deixando a porta entreaberta após 7 minutos.

CREME DE CONFEITEIRO
v      1 e ½ favas de baunilha (usamos metade e o sabor, aroma e quantidade de pintinhas pretinhas lindas foram suficientes!);
v      30 g de maisena;
v      80 g de açúcar;
v      350 ml de leite;
v      4 gemas;
v      35 g de manteiga.
Em uma panela com fundo grosso, despeje a maisena, metade do açúcar, o leite e as favas de baunilhas partidas ao meio e suas sementes (que foram raspadas com a ponta de uma faca), mexendo sempre com um batedor (fuet) até levantar fervura. Numa tigela grande, bata as gemas com o resto do açúcar até ficar claro e fofo, então misture um pouco do leite fervido e despeje a mistura toda na panela até levantar fervura. Retire do fogo, descarte as favas, coloque a panela em um recipiente cheio de gelo e, quando o creme estiver morno, incorpore a manteiga batendo energicamente.
Coloque o creme em um saco de confeiteiro e recheie as carolinas. Derreta e tempere o chocolate ou faça uma calda de caramelo (o que preferir, nós fizemos de chocolate, lógico!) e monte a torre - croquembuche. Como eu não tinha o cone específico para isso, fiz um cone com uma cartolina que encapei com papel manteiga (vi aqui) e fui intercalando: uma camada de carolinas e uma de chocolate derretido, uma de carolinas e uma chocolate, até finalizar a torre. Tome o cuidado de fazer camadas niveladas, para que quando for colocá-la de pé, ela não fique “torre de Pisa”! :) Coloque o cone, com a boca pra cima, dentro de uma jarra e leve a geladeira para que o chocolate endureça. E voilá! Liiiindo!
             Para o meu gosto que não é de doce tãaaao doce assim, acho que o creme de confeiteiro ficou bom, mas tiveram umas formiguinhas que acharam um pouco sem açúcar. Se você for uma desses comedores de açúcar, você pode fazer um creme de confeiteiro mais docinho ou rechear suas carolinas com um doce de leite mais durinho (senão vazam mesmo!).
            E como já aconteceu em outras receitas, tentamos também fazer a versão sem glúten dessas deliciosas bolinhas. Já tinha lido em alguma revista ou jornal de gastronomia (não lembro qual) sobre a carolina que foi considerada a melhor do mundo, e, inclusive, era a preferida da Madonna. É de uma doceria nova-ioquina e era feita sem glúten, o que até a tornava mais sequinha e aumentava sua durabilidade. Você consegue identificar qual é qual?
            É isso aí...