sexta-feira, 25 de março de 2011

Restaurant Week em São Paulo

            Para todos os lugares onde viajei, sempre gostei de comer comida local. Comer baguete (duuuro... hehe) e queijo francês em uma feirinha lindinha em Paris, wafflles belgas ao lado do Manneken Pis em Bruxelas ou joelho de porco na praça da Oktoberfest em Munique é tuuuudo de bom nessa vida! Mas quando não podemos viajar, também podemos comer bem e conhecer outras culturas através de culinárias tradicionais de restaurantes daqui de São Paulo mesmo.
Pra mim, esse é o gostoso da Restaurant Week, que começou em São Paulo em 2007, inspirada na idéia da semana de New York, que ocorre desde 1992. Agora na 8ª edição, o evento parece já ter virado tradição na cidade e se espalhou por várias outras cidades do estado (Riberirão Preto, Santos, Campinas) e do Brasil, como Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília e Recife.
            Mas o que ouço muita gente dizer, leio comentários e constato através dos cardápios do site é que o evento está longe de atingir a idéia original de democratizar o acesso aos melhores restaurantes das cidades onde acontecem e conquistar uma clientela que, mesmo depois do término da Restaurant Week (que na verdade são duas semanas), continue a freqüenta-los. Os pratos oferecidos são, muitas vezes, diferentes (e mais simples) dos que constam no cardápio, muitas vezes bem sem graças (“frutas da estação” como sobremesa!) e, dessa forma, o comensal não conhece, de verdade, a comida de tal restaurante e, conseqüentemente, não tem vontade voltar!
            Isso não é o que aconteceu com o Tandoor, onde fui durante a edição retrasada e continua nesta. Ele serve o seu buffet regular durante a Semana, ou seja, delicinha de comida indiana à vontade, com pãozinho quentinho! Agora... fora da semana, ele custa um pouquinho mais caro, mas num é aquela doideira toda! Na mesma edição, eu tava bem numa pegada de indiano e fui no Govinda, que não é buffet e tava bem mais tranqüilo.
            Esse ano, ganhei um jantar de presente de aniversário das minhas amigas (Marina e Camilla, já conhecidas de todos que lêem esse blog) ao LeBou, um francês pequenininho mas bem charmosinho no Itaim. O atendimento num tava lá essas coisas, mas o jantar foi bem gostoso! Meu namorado foi no Bananeira, gostou do ambiente, disse que estava tudo uma delícia, mas que o tamanho das porções deixou muito a desejar!
            De qualquer forma, a dica mesmo é, antes de sair de casa, ler o cardápio e dicas de pessoas que já foram. Lá no restaurante, não ter vergonha de pedir explicações ao garçon, tomar cuidado com alguns que querem logo enfiar um couvert (o que aumenta a conta final...) e aproveitar a refeição!
            A Restaurant Week começou dia 21 de março e vai até dia 3 de abril. Mais infos aqui.
            E vocês, foram onde? Experimentaram o que? Acham o que do Restaurant Week? Compartilhem!!!
            And see you later, alligator...

sexta-feira, 18 de março de 2011

A Páscoa vem vindo, vem vindo a Páscoa! Comemore essa festa... :)

            A Páscoa está chegando... Mas alguém sabe me dizer o que ela significa? Por que ela muda de data a cada ano? E os ovinhos e coelhinhos, o que eles têm a ver?
            Ainda bem que hoje em dia temos internet, Google, Wikipédia... Pra quem também como euzinha aqui, sempre teve essas dúvidas, mas sempre tive preguiça de procurar pelas respostas! O dia é hoje! Vambora! Haha...
Bom, a palavra Páscoa vem do hebraico Pessach que tem o sentido de “passagem”, tanto nas celebrações pagãs (inverno para primavera), quanto para os cristãos (ressurreição de Jesus Cristo após sua crucificação) e também para os judeus (escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida) –me corrija Ju se tiver algo errado!
Ela nunca cai na mesma data porque a Páscoa é celebrada no o primeiro domingo depois da Lua Cheia (definida por uma tabela eclesiástica) que ocorre no dia 21 de março (a data do equinócio) ou depois dele. A 4ª.feira de Cinzas cai 46 dias antes da Páscoa, e, consequentemente, a 3ª de Carnaval, 47 dias antes da Páscoa. Esse é o período da quaresma, reservado à reflexão no qual não se come carne. Ah, e a Páscoa cai sim no mesmo dia! Em 5.700.000 anos a teremos no mesmo dia que esse ano! :P
E os coelhos e ovos? Esses animaizinhos (que também podem ser lebres, dependendo do povo) simbolizam a fertilidade, já que suas ninhadas são, geralmente, bem grandes, e os ovos simbolizam o nascimento, a vida que retorna. Tudo a ver com a “passagem”!
Mas e os ovos de chocolate? Bem, tudo indica que eles foram criados pelas indústrias de chocolate como forma de venderem mais! Nada contra eles, afinal, chocolate nunca é demais, né? Mas se estiver procurando com algo diferente pra presentear pessoinhas queridas nessa Páscoa, aqui vai uma lista de coisinhas gostosas! E nem precisa fugir do nosso tão querido “Theobroma cacao” que tanto nos faz feliz...
  
BROWNIES
v       Chocolate com Amendoim / Castanha de Caju / Castanha do Pará / Macadâmia / Nozes (tamanhos P, M e G, para todos os gostos e fomes!)

COOKIES
v       Coloridos (Normais e Gigantes – podem ter formato de ovo!!!)

v       Gingerbread man – quem disse que eles são só para o Natal?

v       Gingerbread house – É também a casinha do Coelhinho da Páscoa!

v       Gordinho de chocolate

v       Gotas de chocolate (Normais e Gigantes – podem ter formato de ovo)

 CUPCAKES
v       Baunilha
v       Chocolate
v       Limão
v       Pão-de-Mel
Com diversas coberturas e decorações, entre elas:

MACARONS
v       Chocolate (preferido da Páscoa, mas também tem todos os outros. Só olhar no site!)

WHOPPIE PIES
v       Chocolate (igual os Macarons, também tem outros sabores!)

       É isso aí! Para os orçamentos (sem compromisso), entrem em contato pelo meu email: suzaninh@hotmail.com. Ficarei mega feliz em atendê-los!
            E vamo que vamo!

quinta-feira, 17 de março de 2011

A cada ano que passa, ela fica mais velha... :P

“O tempo passa, o tempo voa...” Nossa, essa é do arco da velha, assim como esta expressão! Haha... E não há nada que se possa fazer no seu aniversário para não se sentir assim, digamos, um pouquinho ultrapassada! Principalmente quando se chega à mesma idade do seu avô! 28 anos era a idade que ele sempre disse ter para o meu pai e meus tios, pra nós (os netos) e que ele continuou tento até falecer! Sendo assim, acho que parei agora, também nessa idade! J
            Todo aniversário eu fico relembrando o que fiz nos aniversários passados: se teve festa ou não, como foi, quem estava; se fui almoçar ou jantar em algum lugar, qual restaurante foi... E isso remete a lembranças de coisas que comia quando era criança que já não existe mais ou já não é mais tão gostoso quanto era antes! Essa última é uma frase que agente sempre zoa quando é usada aqui em casa, respondendo exatamente assim: “ta ficando véio (a), hein?” haha...
            Enfim, crises a parte me lembro como adorava:
1)      Bala “Soft”: meus pais morriam de aflição que engolisse e sempre cortava a língua em algum momento!
2)      “Dadinho”: entra muito na classe “isso não é mais tão gostoso quanto era antes”, meio ensebado, gruda no céu da boca e não sai nunca mais...
3)      Suquinhos de arminha ou carrinho: isso sempre foi ruim, mas quem não adoraaava ficar com a boca azul ou verde?
4)      Guarda-chuva: também encaixa na mesma categoria dos suquinhos. Não era nem chocolate hidrogenado, acho que era gordura hidrogenada com essência de chocolate, mas quem ligava?
5)      “Supra-sumo”: tinha aquela cara de pastilha de dor de garganta que todo mundo adorava!
6)      Chocolate “Surpresa”: por que acabaram com ele? Era tão legal aqueles cartõezinhos de animais, dinossauros e o chocolate desenhado...
7)      “Bala 7 belo”: existe até hoje, e até hoje, não consigo colocar apenas um na boca!
8)      “Azedinho doce”: chiclete em fita, uma delícia, mas o gosto acabava muito rápido...
9)      “Chup-chup”: até arde a garganta só de pensar no quanto era doce...
Algumas coisas daquela época estão sendo relançadas, como “Crush” (pelo menos, assim me disse um ex-aluno meu), “Dipn’lik” (adorei quando minha amiga Atilana me deu um...), “Brown Cow” (vi no supermercado e logo comprei. Ainda está na minha geladeira... haha), mas são diferentes agora fora do contexto de anos 80! E acho que a venda desses produtos se deve mais a nostalgia daqueles que viveram essa época!
Já assistiram o filme “Casamento Grego”? Lembram quando mostra ela indo pra escola e levando de lanche só comidas gregas e morrendo de vergonha? Pois é... eu na 1ª e 2ª série!!! Enquanto todos levavam pro lanche sanduíche de presunto e queijo embrulhado no papel alumínio, eu levava oniguiri (bolinho de arroz) e tempurá de pão! Agora acho engraçado, mas queria morrer! Haha...
Outra lembrança (de comida) forte– e chocante pra alguns! – que tenho da minha infância é que... nunca fui no McDonalds com meus pais!!! Pois é, inacreditável, não? Nós (meus irmãos e eu) que os ensinamos a irem lá depois de grandes! Haha... Mas mais inacreditável que isso é o fato de nunca, eu disse nunca na vida, termos pedido nem pizza nem nenhuma outra comida por telefone!!! Pois é... chocante! :P
Pois bem, quando era mais nova, achava essas coisas estranhíssimas, mas agora acho que essa base de alimentação saudável, de ter que sempre comer de tudo (minha avó diz que nós cantávamos uma musiquinha japonesa que dizia: “eu adoro cenoura!” enquanto comíamos... hehe), mas de também poder, de vez em quando, comer uma tranqueirinha, me fez hoje uma pessoinha que adora comer comida boa, que ousa experimentar qualquer coisa que colocam na minha frente e que gosta tanto do processo de fazer a própria comida, de cozinhar!
Tomara que eu consiga passar isso pra frente...
Bjinho!

terça-feira, 15 de março de 2011

A lombriga aniversariante da Marina

            Aê, eis que ressurjo das cinza depois de um Carnaval igualmente cinza em Curitiba! Sim, fui fugida pra terras onde Carnaval não existe! Mas o que existem são fartos cafés coloniais (tortas que não acabam mais), ótimos restaurantes alemães (hmmm... eisbein, chucrute, salsichas...), docerias tradissionalíssimas!!! O Carnaval foi feliz... haha...
            E dia 9 foi aniversário de uma das pessoinhas que me fizeram montar esse blog, que embora me dê umas boas dores de cabeça às vezes (principalmente por não saber onde ficam as funções... haha), também me dá bastante alegria! Então, achei que a Marina merecia um agradinho. E como ela vivia falando de torta de morango, lá fui eu, que nunca tinha feito torta de morango, revirar os livros pra tentar achar a melhor receita.
            Usei como base o livro “Todas as Técnicas Culinárias” do Le Cordon Bleu, por isso vão parecer alguns nominhos técnicos pra coisas que já conhecemos:

MASSA SUCRÉE (massa esfarelada doce) – essa é a receita inteira, faça meia receita para uma torta:
v      200g de farinha de trigo peneirada;
v      1 colher (sopa) de açúcar;
v      1 colher (café) de sal;
v      100g de manteiga sem sal, em cubos;
v      1 ovo;
v      Cerca de 2 colheres de água.
Misture a farinha, o açúcar e o sal. Junte a manteiga esfregando com os dedos até formar uma farofinha. Junte o ovo e água até dar liga. Enrole em plástico e leve à geladeira por 30 minutos.
Abra a massa, colocando-a entre duas folhas de saco plástico e com o auxílio de um rolo. Assim a massa não gruda no rolo e fica muito mais fácil na hora de transportar pra forma (eu usei a canelada de 22cm de diâmetro). Espalhe bem e passe o rolo na borda da forma para tirar os excessos de massa. Faça furinhos com o garfo, no fundo para o ar sair enquanto assa e evitar que a massa “levante”. E para evitar que a massa “escorregue”, coloque um papel manteiga por cima da massa e dentro dele, grãos de feijão ou arroz. Asse em forno pré-aquecido à 180ºC, de 15 a 20 minutos.
Deixe esfriar e reserve.

CRÈME PÂTISSIÈRE (creme de confeiteiro)
v      6 gemas;
v      100g de açúcar;
v      40g de farinha de trigo;
v      40g de amido de milho;
v      600ml de leite recém fervido;
v      1 lata de creme de leite (por minha conta e risco! Mas acho que as vezes esse creme fica com muito gosto de mingau! Hehe)
Bata as gemas com o açúcar, junte a farinha e o amido sem parar de bater. Adicione o leite, misture e despeje a mistura em uma panela, mexendo sempre até que surjam bolhas grandes na superfície. Então, abaixe o fogo e engrosse bem (mas veja, não muuuito bem, como aconteceu no meu, que ficou um pouco consistente demais! Haha).

TORTA DE MORANGO
v      Meia receita de massa sucrée;
v      1 receita de creme pâtissière;
v      1 e ½ caixa de morangos.
Coloque o creme ainda quente na massa da torta e os morangos logo em seguida, senão o creme cria uma camada dura.
Se quiser, aquele brilhinho extra, faça uma geléia de brilho (peguei daqui) e pincele por cima.

GELÉIA DE BRILHO – usa muuuito pouquinho, mas é difícil de dividir a receita por mais de 2. Então, guarde e amoleça de novo da outra vez que fizer torta!)
v      1 xícara (chá) de água;
v      1 xícara (chá) de açúcar;
v      2 colheres (sopa) de amido de milho;
v      corante vermelho.
Leve tudo ao fogo e espere que engrosse (eu achei que mesmo depois de grossinho, ainda tava com aquele gosto de amido, sabe? Pus mais um pouco de água e levei ao fogo de novo, até estar cozido. Ele fica mais brilhante e transparente quando está pronto!).

            E a Marina me disse no dia seguinte: “O creme tava meio duro mesmo, mas a torta tava uma delícia!” haha... E olha a carinha de feliz da criatura! Happy birthday, dear!!!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Cozinhando com uma mão só!

Andei um tempinho de molho... Tanto pelo alagamento sem fim que é essa minha São Paulo nesses dias em que a chuva insiste em não parar de cair, quanto por causa da minha mão, após a fatídica manhã na qual eu, uma pessoinha sem muitas habilidades atrás do volante (pra não dizer nenhuma), resolveu andar de kart com a família e se machucou.
            Tudo contornado, fisioterapia começada, posso dizer que já tenho idéia para um livro novo. Existem muitos livros de culinárias regionais, de “cozinha para recém-casados”, “cozinha fácil para quem não sabe nem fazer omelete”, e aí vai. Mas ninguém nunca escreveu um livro “cozinhando com uma mão só”, para aquelas pessoas que se machucaram (como eu) ou que cozinham segurando neném no colo...
            Uma habilidade que aperfeiçoei foi quebrar ovo com uma mão só. Minhas mãos são pequenas e achava muito difícil, mas aprendi na marra! Hehe... Outra habilidade aperfeiçoada foi deixar tudo a cargo da batedeira e liquidificador. Sempre odiei usá-los, pois isso implica subir numa cadeira pra tirá-los do armário (e colocá-los de volta) e ter que lavá-los depois de terminado o preparo da receita!
            Com isso, já tenho quatro sugestões de doces que entrariam nesse livro:
1)      Rocambole de doce-de-leite e de goiabada: o mais difícil foi mesmo o ovo, o resto a batedeira fez;
2)      Torta mousse de chocolate: a batedeira fez tudo de novo, da massa (um bolinho de chocolate) ao mousse (batendo a clara em neve);
3)      Bolo de tapioca da minha mamis: foi só hidratar a tapioca e misturar todos os ingredientes, sem dificuldade nenhuma;
4)      Bolo de chocolate de liquidificador: que mandei para a Karla, tudo no liqui, forma, forno, estômago!
E então gente, estou aceitando sugestões! Vamos escrever esse livro juntos!? :P